Loucos de nós
que almejamos o infinito
sem saber que o mais bonito
é o que nunca existirá
E que o que sempre desejamos
mais que viver cem anos
é tão raro e elementar
O que você, caro Sherlock
não vê e nunca verá
Palpável e claro como a bruma
não se encontra em terra nenhuma:
Está em nós
nos basta amar
* * *
Nascido ruína
tal amor inacabado
de sua boca só o ruído
da saga, o fim anunciado
E nem por não ter sido divina
a triste trilha enluarada
nem benzida a tivesse querido
se já a soubesse amaldiçoada
Por eras os fósseis ficarão
esqueletos e escombros esquecidos
junto ao eco, único som
dos que se sabem para sempre apodrecidos
perdidos amores
arruinados, infinitos
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